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Pacientes oncológicos devem ir ao dentista antes de iniciar tratamento
Consulta de medicina dentária em pacientes oncológicos.

Pacientes oncológicos devem ir ao dentista antes de iniciar tratamento

Pacientes Oncológicos

Pacientes oncológicos devem ir ao dentista antes de iniciar tratamento

Após o diagnóstico de um câncer, o paciente oncológico precisa se preocupar com diversas questões que vão desde o tipo de tratamento, gastos que vai ter, quanto tempo vai demorar, etc. Um ponto que muita gente esquece é a importância de consultar um dentista antes de iniciar os procedimentos.

Consulta pré-tratamento

A boca pode ser uma fonte rica em bactérias que são especialmente perigosas para quem vai iniciar um tratamento contra uma doença oncológica.

Como dentistas procuramos um possível foco de infecção, que pode ser uma doença periodontal (doença da gengiva e de todos os tecidos que dão suporte ao dente) ou cáries muito profundas. Também verificamos dentes com mobilidades e que precisam ser removidos antes de iniciar o tratamento oncológico. Isto é de extrema importância, pois os pacientes que fazem quimioterapia ficam com o sistema imunológico mais debilitado. 

As pessoas diagnosticadas com cancro precisam de cuidados dentários diferenciados. Isto porque as terapias para o combate à doença costumam afetar a boca em vários aspetos. É importante que ir ao médico dentista nestas três etapas: antes, durante e depois da terapia. Em cada uma destas fases existem tratamentos recomendados para oferecer conforto e qualidade de vida ao paciente.

Antes da terapia

A boca é uma fonte rica em bactérias que são especialmente perigosas para quem vai iniciar um tratamento contra o cancro. Por este motivo, o médico dentista deve atuar preparando o paciente para uma futura baixa da imunidade, provocada pela maioria das terapias. Nesta fase são recomendados que se realizem todos os tratamentos necessários como: tratamento endontôntico (tratamento de canal), extrações. Assim é possível controlar os processos infecciosos. Outra medida preventiva é a realização de profilaxia (higiene oral) e troca de restaurações deficientes bem como tratamento de cáries.

Durante a terapia

Manter a gengiva saudável e restaurar pequenas cáries que possam surgir, pois neste período é mais fácil desenvolver gengivites, em função da imunidade estar prejudicada.

Após a terapia

Intervenções odontológicas envolvendo tecido ósseo são contra-indicadas durante um período após o tratamento, o que inclui procedimentos como extrações e raspagem subgengival. Outras intervenções podem ser realizadas normalmente e, ao fim deste período, determinado pelo medico oncologista e dentista capacitado, o paciente pode ser submetido a qualquer tratamento novamente.

Efeitos da quimioterapia 

Alguns medicamentos têm a capacidade de afetar a mucosa da boca causando inflamações e feridas semelhantes a aftas, mas que são chamadas de mucosites. Muitas vezes o paciente está debilitado e não consegue comer por causa da mucosite, porque sente muita dor. A mucosa é uma proteção, uma barreira protetora, e quando temos a quebra dessa barreira, há maior risco de infecção.

Boca seca durante o tratamento

Muitas vezes, o paciente em tratamento oncológico precisa tomar medicamentos para dor (opiáceos) e antidepressivos. Alguns ainda tomam outros medicamentos porque possuem outras doenças associadas, como pressão alta, diabetes e doença renal. Por isso, é comum surgir um quadro de boca seca (xerostomia).

A cavidade oral é concebido para estar húmido, não seco. Para aliviar este sintoma, existem atualmente lubrificantes orais que servem tanto para repor quanto para melhorar a lubrificação da boca. São disponíveis na forma de gel, spray ou manipulado. A saliva não é só um lubrificante oral, também promove a auto-higiene dos dentes. O paciente com boca seca tem mais placa bacteriana, que acumula mais agentes ofensivos e produz mais toxinas, aumentando o risco da mucosite, uma das complicações bucais mais comuns durante o tratamento oncológico. 

Efeitos da Radioterapia

Os pacientes com oncologia na região da cabeça e pescoço e que são submetidos a radioterapia precisam de cuidados maiores, porque vai produzir menos saliva. Além disto, como é justamente a região que inclui a boca a ser irradiada, há riscos de desenvolver um tipo de cárie com um efeito colateral tardio, denominada cárie de radiação. Este tipo de cárie, que atinge a porção entre dentes e gengivas, se desenvolve muito rapidamente e há um enorme risco de o paciente acabar perdendo o dente.

Recomendações a serem seguidas durante o tratamento do câncer:

  • Escovar os dentes com pasta contendo flúor.
  • Passar fio dental suavemente.
  • Fazer gargarejos com bicarbonato de sódio.
  • Remover a dentadura e fazer sua limpeza adequadamente.
  • Escolher alimentos que exijam pouca ou nenhuma mastigação.
  • Evitar alimentos ácidos, picantes, salgados e secos.

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