Destartarização
Destartarização
Se a placa bacteriana, por si só, é passível de ser removida pela própria pessoa em casa, através dos métodos normais de higiene oral (escovagem e fio dentário), o mesmo já não se pode dizer perante a presença de tártaro, pois este adere significativamente aos dentes.
A placa bacteriana e o tártaro são problemas bastante frequentes, afetando todas as pessoas. No entanto, tende a agravar-se nos casos em que não existe uma correta higiene oral, nas pessoas com hábitos tabágicos, ou perante uma predisposição causada por eventuais problemas de saúde ou hábitos alimentares indevidos, etc.
Se a placa bacteriana e o tártaro não forem removidos podem causar diversos problemas, como a cárie dentária, a gengivite, a periodontite, etc., podendo estar associados alguns sinais e sintomas como o mau hálito (halitose), sensibilidade dentária, quadros dolorosos ou de sangramento da gengiva, entre outros. Estas doenças podem evoluir e originar diversas complicações mais ou menos graves.
Neste sentido, torna-se muito importante efetuar tratamentos dentários que permitam a remoção do tártaro e da placa bacteriana. A destartarização ou tartarectomia é, nesse sentido, o principal procedimento que elimina ou remove o tártaro e a placa bacteriana, permitindo assim, prevenir possíveis avanços de patologias inerentemente associadas.
Salvo algum caso específico ou de exceção, a frequência aconselhada para que sejam efetuadas as destartarizações é de duas vezes por ano, ou seja, de 6 em 6 meses.
Uma destartarização, não tem que implicar dor, pois é efetuada com aparelho de ultrassom calibrado para o efeito de modo a não agredir a superfície do esmalte nem a mucosa gengival.
Contudo, se efetuada em pessoas que tenham muita propensão a ter sensibilidade dentária, ou que apresentem a gengiva muito inflamada, já poderá implicar um desconforto mais acentuado, ou mesmo dor, sendo que nestes casos se torna aconselhável efetuar a destartarização sob efeito de anestesia local infiltrativa, pelo menos nas zonas mais suscetíveis a dor e/ou sensibilidade dentária.
Tratamento
A destartarização é efetuada por um Médico Dentista ou Higienista qualificado, e envolve instrumental próprio para o efeito, mais especificamente um utensílio que produz vibrações produzidas por ultrassom, que em contacto com o tártaro, consegue desfragmentá-lo, separando-o dos dentes.
Esta remoção de tártaro com ultrassom é inócua para o esmalte dentário e para os tecidos moles adjacentes, desde que o aparelho usado para o efeito, que funciona por vibração, seja utilizado segundo o devido protocolo.
Habitualmente, na mesma consulta é efetuada uma limpeza completa à boca, ou seja, a ambos os maxilares, superior e inferior (destartarização bimaxilar) e, nalguns casos, onde se verifica a existência de tártaro infragengival, normalmente aderido à raiz do dente, poderá ter que se fazer uma raspagem e alisamento radicular após a destartarização com ultrassom, com o objetivo de alisar as áreas irregulares para que o tártaro não possa aderir com tanta facilidade, utilizando-se para o efeito uma cureta própria.
A destartarização é sempre complementada com polimento dentário, que para além de polir o esmalte dentário, remove as machas de pigmentação existentes parecendo assim que branqueia ou clareia os dentes.
No entanto, para se conseguir um tom mais branco, nos casos em que os dentes se encontram amarelos ou mais escurecidos, teremos que recorrer a uma técnica odontológica mais específica de branqueamento dentário. Existem, na atualidade, diversas técnicas usadas (em casa e no consultório). No consultório dentário, o método de clareamento mais usado é o branqueamento ou clareamento a laser. Para melhor perceber a diferença entre os procedimentos, veja mais informação em branqueamento dentário.
Caso o paciente utilize aparelho ortodôntico ou dentário removível ou próteses dentárias, também removíveis, estes deverão ser previamente retirados antes do procedimento.
Existem também tipos ou técnicas de limpeza mais específicos, nomeadamente nos casos em que se verifica a presença de aparelho ortodôntico fixo e/ou implante dentário.
A mulher grávida pode fazer limpeza nos dentes sem qualquer problema, pois este tipo de tratamento e os instrumentos de ultrassom utilizados para o efeito são perfeitamente inofensivos para a mulher gestante. Acresce que não é conveniente que a grávida se descuide minimamente no que respeita à sua saúde oral, pois por si só, já existem alterações hormonais próprias da gravidez que a predispõem ao aparecimento de inflamação e sangramento gengival.