Botox para Bruxismo
Botox para Bruxismo
Botox para Bruxismo revolucionou o tratamento dos pacientes com desgaste de dentes, alteração na qualidade do sono, e até pacientes que mordem e quebram as placas protetoras usadas no Bruxismo.
Botox: Uma arma contra o Bruxismo
O bruxismo é caracterizado pela atividade muscular mastigatória parafuncional que provoca transtorno involuntário e inconsciente de movimento, caracterizado pela compressão excessiva e/ou ranger dos dentes, podendo ocorrer durante o sono. Constitui um dos mais difíceis desafios na Medicina Dentária.
Os estudos sobre o bruxismo são controversos, abrangendo associação com ansiedade, stresse, depressão, tipos de personalidade, deficiências nutricionais (magnésio, cálcio, iodo e complexos vitamínicos), má oclusão dentária, manipulação dentária inadequada, disfunção e/ou transtornos do sistema nervoso central, uso de drogas com ação neuroquímica, propriocepção oral deficiente e fatores genéticos.
A cerca de 85% a 90% da população em geral relata bruxismo em algum grau, durante algum período da vida. A prevalência de bruxismo varia entre 20% a 25% em crianças, de 5% a 8% na população adulta e 3% nos idosos. Entre homens e mulheres, não se encontram diferenças de incidência.
O bruxismo pode ainda produzir um aumento no desgaste das peças dentárias e na disfunção temporomandibular. O tratamento tardio, em alguns casos, pode resultar em luxação da articulação temporomandibular e/ou artrite degenerativa.
A fim de evitar estas complicações, o diagnóstico precoce, bem como apropriado tratamento são muito importantes. As terapias atuais para esta disfunção não são totalmente eficazes. Com o intuito de se apresentar uma alternativa para este problema, a Toxina Botulínica tipo A (Botox) está sendo estudada como método terapêutico para pacientes que sofrem desta patologia.
As aplicações intramusculares da Toxina Botulínica são um tratamento efetivo para uma variedade de afeções do movimento. Inibem a liberação exocitótica da acetilcolina nos terminais nervosos motores levando a uma diminuição da contração muscular. Esta propriedade da Toxina Botulínica torna-a útil, clinica e terapeuticamente, numa série de condições onde existe excesso de contração muscular.
Recentes estudos mostram que o bruxismo é causado por altos níveis de atividade motora na musculatura da mandíbula centralmente mediados, indicando que a redução da atividade muscular induzida pelo uso da Toxina Botulínica pode ser benéfica nestes casos.
Sugere-se que a aplicação de Toxina Botulínica reduz o número de eventos de bruxismo, provavelmente pela diminuição da atividade muscular periférica sem apresentar uma ação sobre o sistema nervoso central.
Os efeitos adversos do tratamento com Toxina Botulínica são irrelevantes ou inexistentes. Os efeitos colaterais mais comuns incluem boca seca e alteração de sorriso. O efeito da Toxina Botulínica está relacionado com a localização da aplicação e dose utilizada. Na aplicação de Toxina Botulínica, a ação terapêutica máxima é observada entre o 7º e 14º dia e a duração dos efeitos pode chegar a 6 meses (média de 3 a 4 meses). Problemas podem ser encontrados relacionados à falta de eficácia no relaxamento muscular devido à utilização de dose inadequada, erro técnico na aplicação do produto, resistência a Toxina Botulínica e alterações do produto ou condições de armazenamento inadequadas de Toxina Botulínica.
Vários estudos demonstram a eficácia da Toxina Botulínica para o tratamento do bruxismo em aplicações nos músculos masseter e temporal, ou apenas o masseter.